quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Clube dos Clássicos Vivos - Moby-Dick Review

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E ao fim de dezanove dias a grande baleia branca apareceu. E tudo o que me trouxe foi desespero e liberdade. E assim terminei, hoje, o primeiro livro do Clube dos Clássicos Vivos. Enfim...Por fim!!!!!


 E digo liberdade porquê? Porque...estava em ânsia para chegar ao fim do livro. Não consegui gostar de algumas coisas no livro...digamos, da maioria. No início estava bastante entusiasmado com a leitura, com a escrita, com tudo...agora apenas quero entregar o livro a quem me emprestou. Porque, sejamos sinceros, a edição que tinha era uma porcaria. Uma edição especial Público cheia de gralhas. Só não fui à biblioteca requisitar porque tenho preguiça para ir ao centro histórico da cidade buscar um livro a pé. Ou seja, percorrer quase três quilómetros, para cada lado, para requisitar o calhamaço.

Fiquei desiludido. Esperava mais ação e menos...menos aquilo! Sim, digo aquilo porque estou revoltado! Sem exageros. Esperava mais do livro e acho que foi isso que me desapontou. Havia demasiadas descrições de coisas relacionadas à pesca e relacionadas às baleias. Cansaram bastante. E depois quando havia algum desenvolvimento na história havia cinco ou seis capítulos (exagerando um bocado) dessas partes chatas.

Adorei duas personagens no livro todo: Queequeg e o cozinheiro Fleece. Queequeg porque adorei os capítulos iniciais onde ele apareceu e pela sua personalidade. O cozinheiro por me ter proporcionado uns cinco minutos de riso devido a uma certa passagem que transcrevo:

"[...] 
- Cozinheiro. - disse Stubb, endireitando-se de novo - Tu és da igreja?
- Passar por uma. Uma vez, Cape-Down - respondeu o velho negro agastadamente.
- E tu passaste uma vez na vida por uma santa igreja, em Cape Down, onde certamente ouviste o pregador dirigir-se aos seus queridos irmãos, não ouviste cozinheiros? E tu, vens aqui dizer uma mentira tão grande, como acabaste de dizer? - exclamou Stubb.
- Para onde é que esperas ir, cozinheiro?
- Ir para cama, depressa - resmungou, dando meia volta enquanto assim falava.
- Basta! Pára o barco! Quero dizer, quando morreres, cozinheiro [...]"

Não dá muita piada, eu sei. Mas quando estava a ler pela primeira vez ri-me bastante. Não esperava que no meio do livro houvesse uma piada destas. =P

Outra coisa que gostei bastante foi a descrição da ação no fim do último capítulo. Falo do capítulo, não do epílogo! E por fim a última coisa que gostei foi da escrita do senhor Herman Melville. O resto foi bastante cansativo de ler, tanto que perdia a piada e desistia até ao dia seguinte. Hoje, para não me limitar mais, agarrei no livro assim que cheguei a casa e li tudo o que me faltava! Consegui...mas não gostei muito.




1 comentário:

  1. Às vezes esses livros muito aclamados e tal, por ouvirmos tanta gente a falar bem deles ou pelas adaptações, criam-nos demasiadas expectativas. E depois acabamos por nem gostar muito. Isso aconteceu-me com o Drácula, como sabes. E tive muita pena, porque eu até gosto bastante de histórias de vampiros, desde que eles não brilhem =P Mas os livros são mesmo assim. Para a próxima será mais agradável ^^
    ****

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